O Evangelho no Lar
Finalidade: Trata-se de um encontro semanal, sendo previamente marcado o dia e a hora, (devendo ser repetido sempre no mesmo dia e hora da semana) com o objetivo de reunir a família em torno dos ensinamentos evangélicos, à luz do Espiritismo, e sob a assistência dos Benfeitores Espirituais.
 
1. Participantes:
  • Podem ser todas as pessoas do lar, inclusive as crianças.
  • ou ainda pode ser feito por apenas uma pessoa da casa.
 
2. Roteiro da Reunião:
  1. Leitura, sem comentários, de uma página de um livro (por exemplo, Pão Nosso, Fonte Viva, entre outros);
  2. prece inicial;
  3. leitura e comentários de um tópico de O Evangelho segundo o Espiritismo, estudado de forma seqüêncial;
  4. prece de encerramento.
 
3. Recomendações:
  • O tempo da Reunião deve ser, no máximo, de uma hora;
  • evitar a manifestação mediúnica de Espíritos;
  • pode-se colocar água para ser beneficiada pelos Protetores Espirituais e, após, repartida entre os participantes;
  • a presença de visita, não deve ser motivo para suprimir a Reunião.
  • no caso de se perder o dia da reunião em determinada semana, pode-se continuar na próxima;
  • quando toda a família participa e acontecer de ter uma só pessoa no dia marcado, a reunião deve acontecer normalmente;
  • no caso de viagem, a família pode realizar a reunião onde estiver.
 
Culto Cristão no Lar
O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.

Emmanuel (Fonte: Luz no Lar – Francisco Cândido Xavier)